Os vírus mudam continuamente por meio de mutações, ou seja, por meio de alterações no nível genético. Quando muitas mutações são agrupadas, elas são chamadas de variantes e é normal que novas variantes do vírus apareçam com o tempo. Às vezes, novas variantes surgem e depois desaparecem. Outras vezes, as variantes oferecem aos vírus alguma vantagem, o que os faz persistir.
No caso do coronavírus que causa COVID-19, milhares de variantes foram detectadas desde seu início em Wuhan.
Atualmente, as variantes mais relevantes são as seguintes:
- A variante britânica foi detectada no Reino Unido em setembro de 2020 e pertence à linhagem B.1.1.7. Essa variante se espalha com mais facilidade e rapidez do que as demais, ou seja, é mais contagiosa. Portanto, já foi detectado em vários países do mundo. Atualmente, pensa-se que pode estar associado a uma maior letalidade ou risco de morte, em comparação com as outras variantes do vírus, mas isso ainda não foi confirmado e novas pesquisas são necessárias.
- A variante sul-africana apareceu na África do Sul em outubro de 2020, pertence à linhagem B.1.351 e também é chamada de 501Y.V2. Os primeiros indícios indicam que também poderia se espalhar mais rápido, ou seja, seria mais contagioso. Além disso, os anticorpos naturais (aqueles que se desenvolvem após sofrer de COVID-19) podem ser menos eficazes contra esta variante.
- A variante brasileira realmente apareceu no aeroporto do Japão, no início de janeiro de 2021, em 4 passageiros da Amazônia brasileira. É denominado P.1 ou B.1.1.28.1. e, como os dois anteriores, também parece estar relacionado a uma maior transmissibilidade. Atualmente, está sendo investigado se pode levar a uma mortalidade mais elevada ou afetar a eficácia dos anticorpos protetores.
Em última análise, essas variantes parecem se espalhar mais fácil e rapidamente do que as outras variantes. Isso torna mais necessário o cumprimento estrito das medidas de prevenção, que até o momento são: distanciamento social, uso de máscaras, higiene das mãos, confinamento e vacinação.
Texto. Dra. Jimena Crespo, especialista em Alergologia.
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